+ Sobre a Infertilidade

O que é infertilidade?

“12 meses e nada acontece…”

Infertilidade é definida quando um casal com relações sexuais freqüentes sem método anticoncepcional não consegue engravidar. ¹ Sabemos que 85% dos casais que tentam engravidar conseguem nesse período, mas se nada acontece nesse período é indicado investigar.

O tempo de tentativas antes de iniciar a investigação é menor nas mulheres com mais de 35 anos onde o ideal é investigar depois de 6 meses sem sucesso. De uma maneira geral 15% dos casais vão apresentar infertilidade e vai precisar de ajuda médica para construir suas famílias, esse número que aumenta ainda mais quando falamos de mulheres com mais idade.

1. Onde está o problema?
A infertilidade,  lembrem-se é um problema do casal!
De uma maneira geral podemos dividir os problemas de infertilidade em 4 causas principais:
-Causas Masculinas  
-Causas Femininas
-Causas Combinadas Masculinas e femininas juntas
-Infertilidade sem causa aparente (lembre-se não é que não há problema, apenas os métodos que a medicina possuí hoje, não permitem que o problema seja identificado.


2. Quando devo procurar ajuda?
O tempo ideal de espera é de 1 ano de tentativas para mulheres com menos de 35 anos e 6 meses para pacientes com mais de 35 anos.

É muito comum surgirem dúvidas sobre nossa fertilidade ou por nunca  termos engravidado antes e ou por ouvirmos histórias de pessoas que precisaram de ajuda para conseguir. Mas lembre-se: 85% dos casais vão conseguir engravidar naturalmente. Sugerimos que tenha uma vida saudável, use ácido fólico e aprenda a calcular seu período fértil, e isso pode ajudar você a conseguir naturalmente.


TIPOS DE TRATAMENTO
3.1. Coito Programado

O tratamento de coito programado ou relação sexual programada é o tratamento de mais baixa complexidade dos tratamentos de reprodução assistida, nele a paciente realiza ultrassons seriados, que são exames de ultrassom realizados em dias programados, e assim conseguimos acompanhar o desenvolvimento dos folículos de ovulação.  Esse acompanhamento auxilia o casal a ter relações sexuais no período ideal, ou seja no momento mais próximo da ovulação, melhorando as chances de engravidar.
Assim como a inseminação, esse tratamento é ideal para o casal cuja a mulher tenha pelo menos uma tuba funcionante e o homem com análise de sêmen próxima do normal ou normal.

3.2. A inseminação intrauterina

É também conhecida como inseminação artificial é o tratamento em que a paciente é submetida a um controle de ultrassom e a uma estimulação com o uso de hormônios (injetáveis ou orais). Dessa maneira que é possível aumentar o número de óvulos que ela irá produzir naquele mês. No momento em que a mulher estiver ovulando o esposo irá coletar o sêmen e esse material será submetido a uma técnica chamada de processamento seminal. Nessa técnica os melhores e mais móveis espermatozóides são separados e colocados dentro do útero da mulher por meio de um simples exame ginecológico com o auxílio de um delicado catéter.
Assim como na Relação Programada a Inseminação necessitamos de uma qualidade mínima no exame de espermograma, e a mulher necessita ter pelo menos uma tuba uterina funcionante.

3.3. Fertilização invitro

É uma técnica desenvolvida pela medicina para auxiliar casais com maiores dificuldades de engravidar, auxiliando a formação de embriões em um a ambiente laboratorial.
O termo fertilização é um processo natural que ocorre no encontro do óvulo com o espermatozóide levando ao surgimento do embrião.
O termo in vitro refere-se ao fato desse processo ocorrer no laboratório e não no organismo da mulher. 
Como conseqüência  dos embriões serem formados no laboratório é possível analisar a qualidade de desenvolvimento embrionário, assim como realizar técnicas de análise genéticas para detecção de problemas antes mesmo da gestação ocorrer, reduzindo os riscos de eventuais problemas de saúde e de abortamentos. 


3.4. Criopreservação de fertilidade 

Hoje, com as mudanças sociais, em geral as mulheres têm postergado a maternidade para o final da vida reprodutiva. A criopreservação tem se tornado a técnica ideal para essa mulher moderna, mostrando-se como uma maneira cada vez mais eficaz de garantir a fertilidade dessas mulheres no futuro.
Atualmente podemos realizar o congelamento de óvulos e/ou embriões com uma taxa de sucesso crescente e confiável. Dessa maneira a mulher ou o casal que deseja, por opção, postergar a maternidade, encontrem maiores chances de sucesso no futuro.

3.5. Criopreservação de fertilidade e Câncer

As técnicas de criopreservação ainda podem ser muito úteis para pacientes que necessitam submeterem-se a tratamentos médicos que podem prejudicar sua fertilidade como as pacientes com câncer. As drogas usadas e os tratamentos complementares em geral reduzem de maneira significativa a fertilidade dessas pacientes. A criopreservação, além de ajudar a preservar a fertilidade, ainda ajuda essas pacientes a terem uma vida plena, com maiores chances de constituir uma família saudável no futuro.
As técnicas utilizadas hoje, preferencialmente, são a criopreservação de óvulos e embriões, mas ainda é possível a criopreservação de tecido ovariano nos casos em que a não é possível aguardar o período da estimulação para iniciar, por exemplo, a quimioterapia.

3.6. Mini-FIV

O termo mini-FIV se refere ao uso de estímulo ovariano em baixa dose, seguido de criopreservação dos embriões formados, de maneira que mulheres que tenham baixa resposta dos ovários, em tratamentos anteriores, possam fazer um banco de embriões, para posterior transferência, com um custo mais baixo.

3.7. Doação de óvulos

A doação de óvulos é uma técnica em que uma mulher jovem e saudável, com um histórico familiar adequado, doa seus óvulos excedentes para uma mulher cujo o ovário não apresenta um bom funcionamento, ou que não esteja produzindo mais óvulos saudáveis.
A ovodoação é uma técnica que pode ajudar muito na taxa de sucesso para o casal conseguir formar uma família saudável.

3.8. Análise Genética

Uma vez que os embriões são formados no laboratório na fertilização in vitro,  é possível retirar algumas células desses embriões para que seja feita análise da saúde genética desses embriões, antes mesmo de serem colocados no útero. 
Diversas técnicas são usadas para fazer essa análise, sendo que a escolha deve depender do problema específico do casal. 
Essas técnicas ajudam as desde as pacientes com mais idade, para quem existe um alto risco de síndromes genéticas, tais como a síndrome de Down, Síndrome de Patau entre outras. Pode ainda auxiliar os casais que apresentam doenças genéticas familiares, permitindo que os mesmos escolham os embriões sem a doença para formar a nova geração da família.

4. QUAL TRATAMENTO ESCOLHER

Para tomar a decisão sobre qual é o melhor tratamento para um casal, buscamos inicialmente, na medida do possível,  os tratamentos mais simples, em todos devemos avaliar o melhor caminho de forma individualizada para evitar, um desgaste pessoal ou o uso de hormônios sem chances reais de gestação.

Planejamento é sempre fundamental e um especialista em reprodução humana é o profissional que melhor pode ajudá-los nessa escolha, tratamentos de baixa complexidade, ou seja, os mais simples como coito programado ou inseminação são em geral dependentes de um potencial mínimo, como um exame de espermograma normal ou próximo do normal e de pelo menos uma tuba saudável do lado feminino.


5. TRATAMENTOS CIRÚRGICOS

5.1. A reversão de vasectomia

É uma técnica cirúrgica que tem como objetivo reconstruir o trajeto por onde os espermatozóides são conduzidos até serem ejaculados. É uma técnica precisa realizada com uso de microscópio cirúrgico e fios muito finos de maneira que os pequenos tubos chamados deferentes são religados, restaurando a fertilidade do homem vasectomizado com taxa de sucesso que pode chegar a 95%, a depender do tempo de vasectomia.

5.2. Reversão de Ligadura ou laqueadura tubárea

Ligadura ou laqueadura tubárea é um procedimento muito comum no Brasil e consiste em cortar e amarrar as tubas uterinas. Apesar de essa cirurgia ser considerado um método definitivo, ela pode ser revertida por meio de uma técnica cirúrgica delicada. Nessa técnica é realizada com o uso de microscópio, refazendo a estrutura das trompas de modo que possam funcionar novamente, restaurando assim a fertilidade da mulher.
A Reversão de ligadura tubárea  tem um excelente resultado quando bem indicada, e, diferente da vasectomia,  o tempo entre as cirurgias não afeta o sucesso da reversão.

5.3. A Histeroscopia Cirúrgica

Consiste de uma técnica cirúrgica muito precisa para corrigir problemas da cavidade uterina através do colo uterino, evitando cortes. Essa técnica é especialmente indicada para correção de sequelas no pós curetagem, tais como sinéquias uterinas, além de permitir a retirada de miomas e pólipos localizados dentro do útero uterinos.

5.4. Videolaparoscopia

É uma técnica cirúrgica que tem se tornado cada vez mais difundida, pois mesmo sendo uma cirurgia é uma técnica minimamente invasiva. Grande parte dos problemas ginecológicos pode ser corrigido sem que tenhamos que realizar grandes incisões. As pacientes submetidas à videolaparoscopia têm uma recuperação muito mais rápida quando comparado com as técnicas tradicionais de cirurgia.
Doenças como endometriose, aderências pélvicas, miomas entre outras podem ser tratadas com essa técnica e com uma pronta recuperação permitindo que a paciente inicie suas tentativas para engravidar muito mais rápido.
 

Fale com o especialista

    Reprodução Humana

    Obstetrícia

    Ginecologia

    Uroginecologia